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“Sempre me interessei pelos meios passíveis de reprodução: fotografia, gravura, cartaz, design”, relatou Geraldo de Barros (1923-1998). Em consequência de seu interesse pela produção em série, que leva à industrialização, sua obra multifacetada é transpassada pela geometria. Vez ou outra, seu abstracionismo flerta com o figurativo. Além disso, por mais que o ato da criação fosse muitas vezes solitário, o trabalho coletivo o alimentava, sobretudo em função da ideia que tinha do papel social da produção artística. Sua faceta designer teve dois atos. O primeiro corresponde à Unilabor, uma cooperativa de operários pioneira que ele integrou nos anos 1950. A Hobjeto, empresa que manteve entre as décadas de 1960 e 1980, foi seu segundo ato. Além dos móveis, foi autor da logomarca, da publicidade e da estratégia de comunicação. Se os cantos retos aproximam os móveis da Unilabor da abstração, pode-se dizer, com certa química, que, num movimento pendular, as quinas arredondadas associam as peças da Hobjeto ao figurativo.
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Criada há 25 anos por quatro colegas de turma da Escola de Belas Artes de Paris, a Triptyque segue liderada por dois de seus sócios-fundadores: Guillaume Sibaud e Olivier Raffaëlli. Tendo São Paulo como cenário e a fundamental atuação de Carol Bueno e Greg Bousquet, os primeiros 15 anos dessa trajetória foram marcados por experimentações que envolviam modernidade e natureza, com realizações como o Harmonia 57 e o Arapiraca. Nos últimos anos, contudo, a temática se complexificou com o retorno da dupla a Paris, onde produziram edifícios com fachadas verdes, como a Villa M, que contrasta com o calcário de Haussmann. Mantendo uma sede em cada continente, o estúdio absorve os antagônicos ecossistemas arquitetônicos, num rico exercício em que, sem deixar de alimentar a veia poética, a relação com a natureza se transformou no elemento-chave diante da urgência do aquecimento global.
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ITA e a arquitetura em madeira #67
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Amparada pelo compromisso ambiental que faz da madeira um material amigável ao meio ambiente, a ITA integra a vanguarda da fabricação de estruturas para construção civil no Brasil. A responsabilidade socioambiental levou a empresa a se envolver desde o plantio, centrando-se, sobretudo, no projeto, na fabricação e na execução das obras. “Cuidamos do processo do início ao fim, para não haver responsabilidade difusa”, avaliou Hélio Olga, o sócio fundador. Criada em 1980, a empresa utilizava madeira nativa, industrializada artesanalmente. Nos últimos quinze anos, contudo, adotou-se a madeira lamelada colada (MLC), usinada por sofisticado maquinário alemão. Entre centenas de estruturas construídas, a cereja do bolo foi o alojamento de estudantes da Fundação Bradesco, a maior obra em madeira do país, com 23 mil metros quadrados, e premiada na Inglaterra como edifício do ano de 2018. O novo momento resultou em crescimento, impulsionado pela gestão de sete sócios saídos do quadro de funcionários. Agora, a empresa ampliou a capacidade de produção com maquinário ainda mais potente e se prepara para uma nova eclosão.
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Sergio Bernardes (1919-2002) foi um personagem complexo, de difícil classificação, que se definia como “inventor por vocação, arquiteto por formação e compositor físico-espacial por inspiração”. Autodidata, começou a projetar aos 15 anos e, em menos de duas décadas, suas casas se tornaram as mais desejadas do país. A crítica o aplaudiu com prêmios da Bienal de São Paulo e da Trienal de Veneza. Antes de completar 50 anos, contudo, sentiu que a escala do edifício já não o satisfazia. Pensando no futuro, mirou o urbanismo para resolver problemas planetários. Todavia, não negligenciou a pequena escala: criou bicicletas, barcos e carros. Seus móveis têm a mesma potência de sua arquitetura. Uma das poltronas é a enigmática Rampa, cuja forma não revela o assento. Segundo Bernardes, a peça responde à melancolia da cadeira que, quando não está em uso, clama pela espera. A Poltrona Rede, por sua vez, conecta a tecnologia aos povos originários e é uma espécie de trono da potência tropical brasileira.
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Geografias Construídas: Paulo Mendes da Rocha
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Com 430 páginas e editado pela Casa da Arquitectura (Portugal), este livro contém doze ensaios críticos de especialistas que abordam obras fundamentais de Paulo Mendes da Rocha, a exemplo do Ginásio do Clube Paulistano, do Pavilhão de Osaka e do Edifício Jaraguá. Entre os ensaístas estão Daniele Pisani, Guilherme Wisnik, Ruth Verde Zein, Annette Spiro e Sophia da Silva Telles. Profusamente ilustrada, a publicação contém ainda uma conversa entre os editores – o francês Jean-Louis Cohen e a brasileira Vanessa Grossman – com o arquiteto português Eduardo Souto Moura.
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Pascali Semerdjian Arquitetos #66
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Com apenas 15 anos de existência, o escritório Pascali Semerdjian Arquitetos se esmera no detalhamento de obras em diferentes escalas, sobretudo arquitetura, interiores e design de móveis e utensílios domésticos. O estúdio agrega dois sócios de origens, percursos e gerações diferentes. De um lado, a experiência de Domingos Pascali, que por quase duas décadas foi braço direito de Isay Weinfeld. Do outro, a energia de Sarkis Semerdjian, que coordena o atendimento aos clientes, a administração da empresa e o desenvolvimento dos trabalhos, na dianteira da equipe de onze projetistas. Se a criação é dividida entre os dois, o traço em comum que qualifica o trabalho da equipe é o desenho à mão livre como embasamento da criação.
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Marcos Bertoldi Arquitetos #65
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O escritório Marcos Bertoldi Arquitetos, sediado em Curitiba, numa casa desenhada por Vilanova Artigas no final dos anos 1970, vive atualmente o seu auge. Após 40 anos de trajetória – notabilizada, sobretudo, por projetos residenciais de alto padrão que se destacam no panorama paranaense –, Marcos Bertoldi deu uma reviravolta na carreira quando, há quase uma década, integrou um novo sócio na empresa. De um ateliê de alta-costura, o estúdio passou para a categoria prêt-à-porter, aumentando a produção e a escala de atuação. Quem o auxiliou nessa façanha foi o jovem Felipe Chimanski, trinta anos mais novo, que incorporou energia, coordenando a produção e compartilhando a criação. Sem deixar de atuar no segmento que o consagrou, Bertoldi quadruplicou o tamanho de seu escritório, ao focar sobretudo no atendimento à demanda do mercado imobiliário de Curitiba e do litoral catarinense.
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- Mais tradicional palco da música clássica em São Paulo, o Teatro Cultura Artística foi reinaugurado 16 anos após o incêndio. A obra concilia duas partes que somam oito décadas de diferença, harmonizadas pelos arquitetos Paulo e Pedro Bruna. A primeira delas foi projetada nos anos 1940 por Rino Levi. O restauro deu o tom no trecho poupado pelo fogo, tanto no painel de autoria de Di Cavalcanti, recuperado por Isabel Ruas, quanto na reconstituição da fachada e dos foyers, de responsabilidade de Maria Luiza Dutra. A segunda parte da obra, correspondente a mais de 90%, contempla espaços novos, como administração, instalações e, sobretudo, a sala de concertos – o coração do edifício. Este último, o órgão vital, foi calculado por especialistas brasileiros e norte-americanos, liderados por José Augusto Nepomuceno. Um de seus diferenciais é a obra de arte de Sandra Cinto, que reverbera o som e efetiva a transição intertemporal. A reabertura impõe desafios novos à Sociedade de Cultura Artística, a mantenedora do edifício: além de dar continuidade à excelência da centenária programação, a missão posta no palco é formar jovens músicos e ativar a economia criativa da região.
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Jovens arquitetos: Geração 20 #64
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Em função de aspectos intrínsecos à profissão – sobretudo a lentidão em conseguir encargos e aumentar escalas –, há uma convenção internacional que define os jovens arquitetos como aqueles que têm até 40 anos de idade. Nesse contexto, dando continuidade a uma tradição de mais de quatro décadas, a Monolito retorna ao tema fazendo um raio X de imberbes profissionais que atuam no Brasil. Quem entra em cena é a Geração 20 – ou seja, daqueles que estão caminhando para o amadurecimento profissional durante a década de 2020. A partir de uma pesquisa inicial com mais de uma centena de times, selecionamos 17 equipes nas quais todos os membros nasceram a partir de 1984. A amostragem contemplou sete estados brasileiros. Em linhas gerais, trata-se de um grupo cuja produção responde ao aquecimento global utilizando por exemplo estruturas de madeira e paredes de taipa. Isso sem falar no reaproveitamento de espaços e materiais. Eles valorizam o trabalho em equipe e fazem conexões com outras áreas, como as artes visuais. Para garantir a sobrevivência – impactada pela pandemia –, atuam paralelamente em atividades correlatas, como luminotécnica, design ou incorporação. Também é notável que o ativismo social e urbano os tenha contaminado.
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Pode um autor ter exposto na Semana de Arte Moderna de 1922 e ser pioneiro da arquitetura de interiores e do design no país? É possível se estivermos tratando de John Graz, um artista multifacetado que se expressou ainda através de murais, cartazes, vitrais, objetos e móveis. Nessa abundância, o foco de Graz dividiu-se entre a pintura e o design, entendido aqui como fragmentos de sua arquitetura de interiores que, infelizmente, sobreviveu somente em fotos e desenhos. Enquanto seus primeiros móveis foram precursores do art déco brasileiro, seu design moderno mantém a pertinência. Seus guaches possuem cores vibrantes, semelhantes às de suas pinturas. A fantasia cromática, o frescor do design moderno e de suas composições chegam até nós com vigor e êxtase. Desmembrados dessas composições, os móveis modernos de Graz – reeditados há duas décadas pela dpot – ganham sobrevida na produção em série, incorporando-se ao cotidiano dos usuários e assim honrando o verdadeiro espírito das artes aplicadas.
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Desde o início de suas atividades, há uma década em meia, o Estudio Guto Requena se notabilizou pelo uso da tecnologia para criar e modificar espaços e objetos através de sensores, imagens e luzes. A pauta tecnológica foi aglutinada a novos estímulos e entraram em cena temas relacionados ao comportamento humano, como a emoção, a empatia, a identidade sexual e a questão racial. O tempo fez aumentar a escala das obras, que saiu do objeto e dos interiores e adentrou a arquitetura e o urbanismo. O trabalho da equipe multidisciplinar liderada por Guto Requena e Ludovica Leone exala contemporaneidade, o que atrai gigantes da tecnologia, como Google e Facebook. Ao mesmo tempo, cria iniciativas efêmeras na cidade e propõe o debate público sobre o futuro da construção. “Precisamos enxergar o mundo sob novas perspectivas”, diz Requena.
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Rosenbaum arquitetura e design #60/61
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Marcelo Rosenbaum acredita na arquitetura e no design como ferramentas de transformação social. A tese é colocada em prática por duas frentes que ele dirige. A primeira é o escritório de arquitetura e design que leva seu nome. A produção, desenvolvida por uma equipe com liderança de Adriana Benguela, braço direito de Rosenbaum, teve início há três décadas com desenhos de lojas e design de mobiliário e recentemente contemplou projetos como as Moradas Infantis, da Fundação Bradesco, premiado como melhor edifício do mundo pelo RIBA. A segunda frente é o instituto A Gente Transforma, uma organização sem fins lucrativos que se beneficia da imagem construída por Rosenbaum na televisão e se consolidou por seu compromisso socioambiental. Adotando metodologia própria, baseada na ancestralidade, na escuta e na cocriação, Rosenbaum interage com comunidades variadas, de quilombolas a indígenas. Suas ações atualizam a responsabilidade social da arquitetura e convertem-no num personagem fundamental. O próximo passo é planejar iniciativas de prazos longos para atender demandas desassistidas de financiamento.

























